“Além da concretização de tudo o que está em curso, é preciso tomar medidas para garantir que outras soluções de habitação possam surgir”, afirmou João Oliveira durante uma campanha no Bairro da Horta das Figueiras.
Acompanhado por membros das listas autárquicas da CDU, o candidato para as eleições autárquicas em 12 de outubro distribuiu panfletos delineando suas propostas ao lado da escola básica local e gravou um vídeo sobre habitação para divulgação nas redes sociais.
De acordo com João Oliveira, a câmara já está implementando o Plano Local de Habitação, utilizando “oito milhões dos 10 milhões de euros que o Governo autorizou de candidaturas apresentadas ao PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e ao programa 1.º Direito”.
“Foram apresentados, quer do PRR, quer do 1.º Direito, 67 milhões de euros de candidaturas e o Governo, até agora, só aprovou 10 milhões”, lamentou, ressalvando a necessidade de desbloquear o restante do financiamento para que as empreitadas avancem.
O candidato destacou que o plano prevê “500 habitações construídas ou recuperadas” para atender “pessoas em situação de pobreza e também habitação acessível para alugar por aqueles que têm dificuldade em encontrar casa”.
“Aqui na Horta das Figueiras, onde estamos, há 62 habitações próximas de conclusão, com um investimento de seis milhões de euros em recuperação de telhados, soalhos e canalizações”, exemplificou.
Oliveira destacou as condições criadas pela recente alteração do Plano Diretor Municipal (PDM) para a construção de sete mil casas, cinco mil na zona urbana e duas mil nas freguesias rurais, das quais pelo menos 1.187 a custos controlados.
“Precisamos de nova habitação, mas, sobretudo, de habitação que as pessoas possam pagar”, comentou, acrescentando que, “se forem construídas sete mil casas” a meio milhão de euros cada, o problema da habitação permanece sem resolução.
Segundo o candidato, mais casas a custos controlados “podem ainda ser acrescentadas”, dependendo da criação de “condições que incentivem promotores privados ou facilitem a construção”.
“Além dos grandes loteamentos e da promoção de grandes projetos, é possível também, através do estímulo à construção individual, criar condições para concretizar a capacidade de construção”, afirmou.
Concorrem à Câmara de Évora, além de João Oliveira, Carlos Zorrinho pelo PS, Henrique Sim-Sim pela coligação PSD/CDS-PP/PPM, Florbela Fernandes do Movimento Cuidar de Évora (MCE), Pedro Ferreira do Bloco de Esquerda, Ruben Miguéis pelo Chega, e Fábio Cabaço pela Iniciativa Liberal (IL).
O atual executivo municipal, liderado por Carlos Pinto de Sá (CDU), em seu terceiro e último mandato, é composto por dois eleitos da CDU, dois do PS, dois do PSD e um do MCE, mas a mesa da assembleia municipal está sob controle dos socialistas.
