
Perante centenas de militantes reunidos na convenção autárquica nacional do partido, no Pavilhão Municipal do Entroncamento, André Ventura afirmou que “quando todos os corruptos se juntam contra” o Chega, “é sinal que estamos no caminho certo”, numa referência às críticas aos cartazes da sua candidatura presidencial.
“Quando os que vivem de subsídio se juntam contra nós, ou nos metem em tribunal, é porque estamos no caminho certo”, acrescentou, garantindo que o partido “não vai recuar”.
O líder do Chega acusou os seus adversários presidenciais de promoverem “uma agenda para transformar Portugal noutra coisa que não uma nação europeia e orgulhosa”, criticando a escolha do cantor Dino D’Santiago como mandatário da candidatura de Luís Marques Mendes.
Afirmou que “querem mudar o hino nacional, dizem que somos um país racista e defendem a ‘crioulização'”, ideias de que o Chega discorda: “Não é nacionalismo bacoco, é amor a Portugal, é patriotismo”.
Ventura prometeu “resistir a qualquer invasão cultural” e defendeu símbolos nacionais nas escolas, alegando que foram retiradas de estabelecimentos de ensino cruzes, árvores de Natal e menus com carne de porco “para não ofender minorias”.
“Sempre fomos um país que recebeu quem vinha para trabalhar e integrar-se, mas não aceitaremos que nos transformem”, disse, apelando à “resistência até ao fim”.
O candidato presidencial voltou a insistir na retirada de apoios sociais a quem “vive de subsídios”, afirmando que isso “não é racismo nem xenofobia, é justiça”.
“Mais de 60% das casas atribuídas pelo poder autárquico são a pessoas que cometeram crimes”, acusou, pedindo aos autarcas do partido que “cortem com a normalização da corrupção” e “deem exemplo, mesmo quando custa votos”.
André Ventura criticou ainda o que chamou “normalização da cunha na politica portuguesa.
O líder do Chega garantiu ainda que o partido é “defensor do Estado de Direito” e não seu detrator, ameaçando com a “mão pesada da lei” para enfrentar “droga a céu aberto”, “prostituição à luz do dia” e “criminalidade associada à imigração ilegal”.
André Ventura terminou com um apelo à mobilização para as eleições presidenciais de janeiro, afirmando que as sondagens colocam a sua candidatura “em primeiro lugar” e que isso prova que o partido tomou “a decisão certa”.



