“Vários operadores dizem que o dólar vai subir porque não entendem a economia que [o Presidente argentino] Javier Milei propõe ou porque querem que ela vá mal, mas o Presidente disse que não vai desvalorizar”, afirmou Francos em entrevista à Radio Rivadavia.
De acordo com o chefe de gabinete, a taxa de câmbio da Argentina permanecerá estável, mantendo o saldo fiscal, condições macroeconômicas “razoáveis” e uma moeda fixa.
“A taxa de câmbio não vai mudar, não especulem com isso”, declarou Francos, advertindo que aqueles que tentarem especular sobre uma desvalorização “vão perder ou, se não perderem, vão continuar na mesma”.
Após quase duas semanas de crescentes dúvidas e rumores entre os investidores sobre o programa que a Argentina está negociando com o FMI, o ministro da Economia, Luis Caputo, apareceu publicamente na quinta-feira para revelar o montante dos novos empréstimos que o governo de Javier Milei pretende obter junto ao organismo internacional, com o objetivo de acalmar os mercados.
“O montante que acordámos é de 20 mil milhões de dólares”, anunciou Caputo durante uma conferência regional em Buenos Aires sobre a regulamentação do setor dos seguros.
O ministro também revelou que, paralelamente ao acordo de extensão de facilidades com o FMI, a Argentina está negociando com o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe CAF para obter fundos adicionais, num montante que não especificou, que também será usado para reforçar as reservas do Banco Central.
