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BE demands solutions from Montenegro and wants to hear from the minister about INEM’s failures.

Numa conferência de imprensa na sede nacional do partido, em Lisboa, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, insistiu que o primeiro-ministro deve demitir a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e anunciou que o partido apresentou um requerimento para ouvir a governante no parlamento para “explicar tudo o que se passou nos últimos dias”.

Apesar desse pedido, a líder bloquista esclareceu que não é da ministra da Saúde que espera uma resposta, mas sim do primeiro-ministro, acrescentando que ele “não pode continuar a esconder-se” e que “se quer governar, tem de governar” e “apresentar soluções para os problemas da saúde”.

“Tem de assumir responsabilidades sobre aquilo que se está a passar no SNS. Não basta fazer política contra os imigrantes e alterar a lei da nacionalidade como se todos os problemas do país se resumissem a um único tema”, acrescentou.

A coordenadora do BE disse que o país assistiu, nos últimos dias, a “acontecimentos graves e sérios” em várias áreas do SNS e, em particular, na resposta dada pelo INEM.

A líder do Bloco referiu o caso de um doente com traumatismo craniano que foi transportado por um helicóptero da Força Aérea, num processo que terá demorado mais de cinco horas entre a Covilhã e Coimbra, e ao de uma mulher grávida de 31 semanas, em situação de risco, que perdeu o bebé na quinta-feira depois de ter sido encaminhada para um hospital a mais de uma hora da sua zona de residência.

“Enquanto o Parlamento discutia esta proposta de alteração [à lei da nacionalidade] do Governo, uma mulher perdeu um filho a caminho de uma urgência e fê-lo porque estava enredada num sistema que o Governo montou, porque não tem uma solução para o problema das urgências e do SNS em Portugal”, afirmou a líder bloquista.

A coordenadora do BE criticou também a substituição dos helicópteros do INEM pelos da Força Aérea, sublinhando a impossibilidade de fazer aterrar essas aeronaves nos heliportos de alguns hospitais, acusando o Governo de não ter acautelado essa limitação na adjudicação do serviço.

Mortágua acrescentou ainda que, a somar a estas duas questões, as “escalas [hospitalares] para o verão não estão prontas” e, por isso, “este verão pode vir a ser muito pior do que foram estes meses”.

Questionada sobre a proposta apresentada pelo PSD para eliminar da lei o conceito de violência obstétrica, Mariana Mortágua considerou a intenção “inaceitável” e um retrocesso nos direitos conquistados, que revela que o Governo “não quer saber do país” e só se preocupa em contribuir para uma “guerra cultural”.

Mariana Mortágua informou ainda que o partido entregou no parlamento uma pergunta dirigida ao Governo sobre se está a ser cumprida a possibilidade prevista na lei de as mulheres diagnosticadas com endometriose faltarem ao trabalho com justificação.

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