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‘Blogger’ denies thesis that he received €79,000 to praise Sócrates

No julgamento da Operação Marquês, em Lisboa, o economista António Costa Peixoto garantiu, na condição de testemunha, que os montantes que recebeu entre 2012 e 2014 foram referentes a apoio prestado em aspetos fiscais e na “área de verificação internacional” à atividade empresarial de Carlos Santos Silva.

Carlos Santos Silva é considerado pelo Ministério Público um dos testas-de-ferro de José Sócrates para o recebimento de pagamentos com origem em corrupção e o contrato de António Costa Peixoto foi celebrado com uma empresa de um outro arguido, Rui Mão de Ferro.

Segundo António Costa Peixoto, foi um amigo em comum que não consta do processo que o apresentou a Carlos Santos Silva, tendo Rui Mão de Ferro surgido numa reunião em representação deste.

Questionado diretamente pelo procurador do Ministério Público, Rómulo Mateus, se os cerca de 79 mil euros que recebeu foram por esse trabalho ou por “assessoria de informação” a José Sócrates, o economista respondeu que tinham a ver com o trabalho.

António Costa Peixoto precisou que os relatórios que elaborou nesse âmbito foram remetidos a Carlos Santos Silva inicialmente pelo amigo em comum e depois por correio.

Além de publicar textos favoráveis ao ex-governante no blogue Câmara Corporativa sob o pseudónimo Miguel Abrantes, o economista terá, sustenta o Ministério Público, sido igualmente compensado financeiramente por rever o livro de José Sócrates ‘A Confiança do Mundo’ e apoiado o antigo primeiro-ministro na preparação do espaço de comentário semanal que este tinha na RTP.

No depoimento de hoje, António Costa Peixoto admitiu ter revisto a tese na qual se baseia o livro e ter enviado notícias e resultados de audiências ao antigo chefe de Governo, mas ressalvou que, por um lado, o fez sem nada receber e, por outro, seria apenas um entre 50 que mandavam ‘e-mails’ a José Sócrates com assuntos do seu interesse.

José Sócrates, de 68 anos, Carlos Santos Silva, da mesma idade, e Rui Mão de Ferro, de 59, são três dos 21 arguidos no processo, aos quais o Ministério Público imputa, no total, 117 crimes económico-financeiros.

Os arguidos têm todos, em geral, negado a prática de qualquer ilegalidade.

O julgamento decorre desde 03 de julho no Tribunal Central Criminal de Lisboa e tem sessões agendadas pelo menos até 18 de dezembro de 2025.

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