
“Como estaria a Saúde se o Estado detivesse 2% da gestão? Em que estado estaria a Educação? A Segurança Social? Chegamos ao que chegamos porque o Estado tem apenas 2% do mercado da habitação,” diagnosticou Paulo Raimundo, secretário-geral da CDU, numa reunião com apoiadores na Associação Reformados Pensionistas Idosos da Freguesia do Pinhal Novo. Este evento focou-se no problema da habitação.
Após ouvir relatos de dois jovens sobre suas dificuldades em encontrar habitação, especialmente no distrito de Setúbal, Raimundo destacou a gravidade da situação e apontou o mercado livre como o maior culpado, afirmando que ele serve “apenas aos interesses da banca e dos fundos imobiliários, nunca à maioria”.
Raimundo defendeu uma alteração na política habitacional, sugerindo um aumento no investimento do setor para a construção de habitação pública e apoio às famílias, afirmando que esta é a única maneira de se cumprir o direito à habitação como declarado na Constituição Portuguesa.
Adicionalmente, a CDU propôs, tal como em 2024, que 1% do PIB (Produto Interno Bruto) seja direcionado para a construção ou renovação de habitações públicas, nas eleições legislativas agendadas para 18 de maio.
“Uma casa não é um luxo, é um direito que deve ser respeitado,” enfatizou Raimundo, entre aplausos e gritos de apoio à coligação, pedindo mais votos e deputados para CDU. Paula Santos, deputada e novamente candidata principal por Setúbal, observou que, dos direitos conquistados durante a Revolução de Abril, a habitação é o que menos progrediu nos últimos 51 anos.
“Os governos renunciaram à sua responsabilidade muito cedo, deixando as habitações ao mercado. O resultado está à vista,” afirmou Santos.



