
“A campanha nunca será uma derrota, independentemente do resultado. Porque o que nós fizemos foi uma campanha na defesa dos valores e de temas que nós consideramos essenciais para a cidade. E, portanto, aí já está a nossa vitória. Agora, nós queremos ter muitos vereadores. Nós queremos ter muitos e, portanto, um vereador é uma derrota”, apontou hoje Miguel Corte-Real.
À margem de um encontro com apoiantes nos jardins do Palácio de Cristal, o candidato evitou projetar quantos vereadores vai conseguir eleger este domingo, mas apontou para cima: “O máximo, nós queremos eleger 13 vereadores”.
Justificando com a necessidade “de mudar a vida dos portugueses”, Corte-Real disse precisar “de mais do que um vereador” e de “um grupo grande” na Assembleia Municipal e de presidentes de junta eleitos pelo Chega.
O cabeça de lista do Chega ao Porto, que também foi líder de bancada do PSD na Assembleia Municipal, desvalorizou o que lhe dizem as sondagens.
“As sondagens — as mesmas que disseram que Rui Moreira ia perder em 2013, que o Rui Rio ia perder em 2001 – dizem que nós teremos dois vereadores. Mas nós queremos ter mais, a nossa missão é maior”, atirou.
Se não conquistarem a presidência da autarquia, o candidato não está preocupado.
“Caso não ganhemos, também vai acontecer uma coisa que no Porto não acontece há muito tempo: haverá uma oposição forte, como os portuenses nunca viram. Haverá uma oposição que será capaz de defender os interesses do Porto, que não vai ter medo de falar de nenhum assunto”, garantiu.
No último dia de campanha, Miguel Corte-Real fez um balanço positivo e congratulou-se por ter conseguido “trazer temas que ninguém falava para a agenda política”, sem especificar quais.
Questionado se considera ter conseguido “conquistar” eleitores descontentes com o seu antigo partido (PSD), respondeu afirmativamente, por acreditar que há portuenses que se deixaram “de rever” no partido que considera não ter “visão” para a cidade.
Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto – independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
As eleições autárquicas realizam-se no domingo.