Estos anúncios foram feitos pelo líder da Juventude Social-Democrata, João Pedro Louro, na sessão de encerramento da 21ª edição da Universidade de Verão do PSD, iniciativa de formação de jovens quadros, que hoje termina em Castelo de Vide (Portalegre).
O presidente da estrutura jovem do PSD entregou ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, que encerrará a sessão, um pacote de medidas, a que chamou “Portugal que Nasce”, de apoio à família e à natalidade, assente em quatro grandes eixos.
“Rendimento familiar com medidas como a reintrodução do quociente familiar, em que cada filho conta como uma pessoa inteira no cálculo do IRS; integração entre vida profissional e familiar — com o estabelecimento de uma licença parental de 180 dias, paga a 100%, com liberdade para a família repartir como bem entender”, anunciou.
Os outros dois eixos passam por medidas sobre habitação e educação.
“Mas quero também deixar claro: temos a perfeita consciência que estas medidas têm impacto orçamental. E é aqui que a JSD se distingue de outras forças políticas. Nós não prometemos o impossível. Não temos a pretensão de que tudo isto se concretize amanhã”, disse, admitindo que este pacote é “um guião que aponta o caminho para a próxima década”.
Para o imediato, o presidente da ‘jota’ fez outro pedido a Luís Montenegro, relacionado com as reuniões que o Governo iniciará na próxima semana para preparar o Orçamento do Estado para 2026.
“Não me levará a mal que relembre que, num parlamento fragmentado, onde muitos gritam, mas poucos constroem, a JSD é hoje a quinta maior força parlamentar. Com mais deputados que, por exemplo, o Livre. Com mais deputados que o PCP, o Bloco de Esquerda, o JPP e o PAN todos juntos”, disse, referindo-se aos sete parlamentares que integram esta estrutura jovem do PSD.
Defendendo que a voz destes jovens deve ser ouvida, João Pedro Louro pediu a Montenegro “que leve a JSD para a mesa das negociações do Orçamento do Estado”.
“Porque a juventude não pode estar ausente das decisões do presente. E porque o parceiro mais confiável que o Governo tem hoje é mesmo a JSD”, defendeu.
O presidente da JSD acusou, por um lado, o PS de estar “perdido, sem rumo nem visão”, e o Chega de não ser “nem confiável nem responsável”.
“Se há força que pensa no futuro com responsabilidade, se há parceiro com quem é possível reformar e transformar Portugal, essa força é a JSD”, disse.
