
“O PS não aprova este orçamento por qualquer questão de responsabilidade ou de peso de consciência. O PS aprova este orçamento porque se tornou na muleta do PSD no parlamento”, defendeu André Ventura no arranque do debate para apreciar na especialidade o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026).
O líder do Chega defendeu que o PS “arranja sempre um motivo para viabilizar o orçamento” porque se tornou “inútil na democracia”.
Ventura prometeu que “as portagens vão mesmo acabar onde tiverem que acabar em Portugal” e “as pensões, o que puderem subir, subirão”.
O Chega tem várias propostas para eliminação de portagens, mas estas declarações do líder do partido deixam a porta aberta à viabilização das medidas do PS para isentar de portagens na autoestrada A6 e nos troços da A2 que servem o Alentejo para residentes e empresas com sede na região.
A bancada socialista quer ainda suspender temporariamente as portagens para pesados na A41, A19 e A8 enquanto são realizados estudos sobre congestionamento e modelos futuros de financiamento da rede rodoviária.
Voltando-se para o Governo, Ventura criticou o alerta que tinha sido deixado momentos pelo secretário de Estado adjunto e do Orçamento de que não há margem para novas propostas.
“Quem estiver em casa deve pensar assim: que raio de orçamento é este, que se mexermos no IVA das rações dos animais desestrutura e faz desfazer todo o orçamento. É um orçamento que só pode ser duas coisas: ou é um mau orçamento porque é mau e tem más normas, ou é um mau orçamento porque foi feito por gente incompetente”, condenou.
O líder do Chega afirmou que este orçamento “mantém a mesma e velha lógica de continuar a sacar nos impostos indiretos às pessoas para fingir que dá alguma coisa nos outros impostos”.
“Nestes três pontos, impostos indiretos, impostos sobre os combustíveis, o adicional do IUC e as portagens são o símbolo maior de que no essencial, no grosso, este orçamento não é muito diferente dos orçamentos de António Costa”, comparou.



