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PCP warns that concentration of emergency services “will not be sustainable”

Image Credit: Notícias ao Minuto

Em comunicado, os comunistas afirmam que o “encerramento ao público de duas das três urgências obstétricas na Península de Setúbal é uma medida da maior gravidade, que deixará milhares de grávidas desprotegidas, obrigadas a percorrer longas distâncias e sujeitas a realizar o parto em ambulâncias ou noutro local”.

“Com esta medida, o Governo concentra numa só unidade um número de partos superior a cinco mil por ano, o que não acontece em mais nenhuma região do país. Esta situação não será sustentável sem o desvio de centenas ou milhares de grávidas para unidades da margem norte do Tejo, com todas as consequências que daí advirão”, refere.

O PCP considera também que “o agravamento das condições de acesso aos serviços públicos constituirá mais um impulso para o negócio privado nesta área”.

Na quarta-feira, o Governo aprovou o regime jurídico que cria as urgências regionais, prevendo que a primeira possa entrar em funcionamento no início do ano na Península de Setúbal, onde se têm verificado mais encerramentos temporários de serviços, devido à falta de médicos especialistas para completarem as escalas de obstetrícia e ginecologia.

Na prática, está previsto que duas ou mais unidades locais de saúde (ULS) de uma determinada região se possam juntar para concentrar o serviço de urgência num único hospital.

Os profissionais de saúde que integrem as equipas das urgências regionais – médicos, enfermeiros e técnicos auxiliares de saúde – vão manter o vínculo laboral às suas ULS, mas estão previstas deslocações em serviço para outro hospital.

O PCP afirma que está em causa “uma deslocação forçada dos profissionais para hospitais fora das respetivas unidades locais de saúde” e que esta medida “provocará novas saídas do Serviço Nacional de Saúde, agravando ainda mais a situação”.

“O encerramento das urgências, mesmo que se mantenha neste momento a restante atividade dos serviços de ginecologia/obstetrícia no Barreiro e em Setúbal, vai conduzir ao seu definhamento e ao seu provável encerramento total no futuro”, adverte, considerando que “terá consequências graves igualmente noutras valências e especialidades com ligação a esta área”.

O PCP defende também que as medidas anunciadas pelo Governo “confirmam um prosseguimento da política de enfraquecimento do Serviço Nacional de Saúde, dificultando o acesso das populações e agravando as carências de recursos humanos”.

“O Governo continua a não valorizar adequadamente os profissionais do SNS, não havendo nenhuma medida para o aumento significativo das suas remunerações base, a melhoria dos seus horários ou das suas condições de trabalho”, critica.

E refere que “no caso dos médicos obstetras, o problema é que a maioria deles está fora do SNS, em particular em áreas onde a pressão e assédio pelos hospitais privados se faz sentir com maior intensidade”, enquanto no caso dos “enfermeiros e de outros profissionais de saúde é a determinação governativa de travar a contratação de mais profissionais que causa a escassez”.

“Com esta medida, a que o PCP dará o mais firme combate, o Governo dá mais um passo na sua ofensiva contra o Serviço Nacional de Saúde, pondo em causa o direito à saúde das populações e potenciando o agravamento de importantes indicadores como a mortalidade materna e neonatal”, salientam os comunistas.

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