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Sidi Ould Tah assumes presidency of the African Development Bank

“Assumo o compromisso solene de trabalhar (…) num espírito de concertação e colegialidade, a fim de prosseguir a missão que nos une: construir uma África robusta e próspera”, declarou após a sua tomada de posse.

Tah citou vários desafios que o continente enfrenta: redução da ajuda internacional ao desenvolvimento, peso da dívida e impacto negativo das alterações climáticas.

“África está de olhos postos em nós, a juventude espera por nós, é hora de agir”, acrescentou, insistindo na importância da paz para alcançar os objetivos de desenvolvimento.

Fundado em 1964, o BAD, que conta com 81 países membros, dos quais 54 africanos, é um dos grandes bancos multilaterais de desenvolvimento.

Com sede em Abidjan, o BAD vive um ambiente internacional conturbado, devido ao anúncio pelos Estados Unidos da supressão da sua contribuição de 500 milhões de dólares (427 milhões de euros) para o fundo do banco, destinado aos países africanos de baixo rendimento.

Primeiro mauritano a assumir a liderança da instituição, Sidi Ould Tah, 60 anos, defendeu durante a sua campanha a necessidade de atrair outros financiadores, nomeadamente dos países do Golfo, para fazer face ao desligamento americano.

Ex-ministro da Economia do seu país (2008-2015), esteve à frente do Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADEA) durante 10 anos.

No BAD, Tah sucede ao nigeriano Akinwumi Adesina, que estava no comando desde 2015 e sai da instituição depois de terminar o segundo mandato, para o qual conseguiu uma inédita votação de 100% dos Estado-membros, que incluem todos os países lusófonos africanos e Portugal, como membro não regional.

Sob a liderança de Adesina, o BAD aumentou o capital autorizado, de 93 mil milhões de dólares para 318 mil milhões de dólares (de 80 mil milhões de euros para 272 mil milhões de euros), o maior aumento na história do banco, e apresentou, no ano passado, um lucro de 310 milhões de euros, tendo, nesse ano, aprovado 10,6 mil milhões de euros para novos projetos e desembolsado 6,4 mil milhões de euros, um aumento de 15% face a 2023.

Sidi Ould Tah leva para o BAD mais de 35 anos de experiência em financiamento do desenvolvimento, e no BADEA quadruplicou o balanço patrimonial e melhorou o rating da instituição para AAA.

As parcerias que são apontadas como decisivas pelos vários líderes das instituições financeiras de desenvolvimento podem ser um dos trunfos do novo presidente do BAD, devido à proximidade com os países do Golfo, que têm aumentado o investimento em África e poderão compensar a redução dos fluxos de assistência financeira do Ocidente.

Os recursos do BAD provêm, nomeadamente, das subscrições dos países membros, dos empréstimos contraídos nos mercados internacionais, bem como dos reembolsos e rendimentos dos empréstimos.

Nos últimos anos, o banco ajudou, por exemplo, na construção da maior estação de tratamento de águas residuais de África, em Gabal el Asfar, no Egito, contribuiu para a construção de uma ponte entre o Senegal e a Gâmbia, para a ampliação do porto de Lomé, no Togo, e ainda para projetos de saneamento no Lesoto e de acesso à eletricidade no Quénia.

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