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“Something that worries.” PS criticizes the merger of the Reading and Libraries Plan.

“Algo que me preocupa muito e tem que ver com o Plano Nacional de Leitura. O governo decidiu fundir várias estruturas do Ministério da Educação em mega estruturas. Em regra, quando isso ocorre, há serviços, há projetos, há missões que se perdem”, alertou o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, à entrada da Feira do Livro do Porto, que decorre nos Jardins do Palácio de Cristal e que termina hoje.

O Ministério da Educação anunciou recentemente que as atuais atribuições da Estrutura de Missão do Plano Nacional de Leitura (PNL) e do Gabinete Coordenador da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) seriam integradas no novo Instituto de Educação, Qualidade e Avaliação.

Esta mudança política do governo está a preocupar o líder do PS que recorda que o Plano Nacional de Leitura, além de “estimular hábitos de leitura essenciais ao desenvolvimento cognitivo das crianças, dos adolescentes e dos jovens, e dos adultos”, era um “projeto que mobilizava as autarquias e as comunidades locais”.

“Estou muito preocupado com o facto de ser ter feito esta opção em relação a um Plano [Nacional de Leitura], que articulado com a Rede Bibliotecas tinha uma função social, tinha uma função cultural, de estímulo à aprendizagem fundamentais e foi desenvolvido em 1996 o Plano das Bibliotecas Municipais e depois a rede articulada com o Plano Nacional de Leitura desde 2006”, explicou.

Segundo Luís Carneiro, está a ser posto em causa “todo o esforço” feito por pessoas, como a escritora Isabel Alçada, que juntamente com muitas outras personalidades em Portugal “dedicaram a sua vida a estimular e a promover a leitura”, porque o país “apresentava índices abaixo daquilo que eram índices aceitáveis para a promoção da leitura”.

“O estímulo à leitura é um esteio fundamental de acesso à cultura, de abertura dos nossos horizontes enquanto cidadãos e de promoção de uma cidadania esclarecida. Aliás, fazia parte da articulação com a Educação para a Cidadania e é muito grave, do meu ponto de vista, a opção, que o Governo acabou de tomar”.

Acaba por se extinguir uma estrutura que tinha por missão fundamental o estímulo à leitura “é para mim grave”, reiterou.

Do ponto de vista de José Luís Carneiro, esta decisão do governo é uma “perda simbólica da maior importância” e um “perda na capacidade de mobilização das estruturas municipais, das comunidades locais, das famílias e dos próprios alunos para a leitura”.

“É uma perda fundamental, num tempo em que estamos a ver que o Ministério da Educação está a desvalorizar dimensões fundamentais da nossa vida coletiva, nomeadamente o número de alunos a concorrer para o ensino superior e todas estas dimensões estão articuladas entre umas com as outras”.

José Luís Carneiro visitou esta manhã a feira do Livro do Porto, evento que termina hoje.

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