No segundo trimestre (abril a junho), o Produto Interno Bruto (PIB) de Espanha cresceu 3% comparando com os mesmos meses do ano anterior e 0,8% em termos sequenciais.
No terceiro trimestre (julho a setembro), o crescimento foi impulsionado pela demanda interna, incluindo investimento e consumo, que contribuiu com 3,7 pontos para o aumento homólogo do PIB.
Em contraste, a demanda externa (exportações e importações) apresentou uma contribuição negativa de 0,8 pontos quando comparado ao mesmo período de 2024.
A economia espanhola cresceu 3,5% em 2024, de acordo com a estimativa mais recente do INE.
Em setembro, o Governo da Espanha e o Banco de Espanha revisaram para cima as previsões de crescimento para 2,7% e 2,6%, respetivamente.
“Apesar do complexo contexto internacional em que nos movemos, a economia espanhola continua a apresentar sinais claros de fortaleza tanto no curto como no médio prazo”, afirmou o ministro da Economia, Carlos Cuerpo, numa conferência de imprensa realizada em Madrid em 16 de setembro. Ele destacou que “em 2024, Espanha foi a economia avançada que mais cresceu no mundo”.
O Governo projeta que a economia espanhola crescerá 2,2% em 2026 e 2,1% em 2027 e 2028, com um impacto positivo no mercado de trabalho que deve reduzir a taxa de desemprego no país para 8,7% em 2028.
Atualmente, Espanha possui a maior taxa de desemprego da União Europeia, com estimativa do Governo de chegar a 10,3% no final deste ano.
Durante este período de projeções, espera-se que a demanda interna (consumo e investimento) será o principal motor do crescimento econômico, especialmente o consumo das famílias, enquanto o contributo da demanda externa deverá permanecer negativo até 2028, segundo o Governo.
O Banco de Espanha revisou para cima, em duas décimas, sua projeção de crescimento do PIB para 2025, para 2,6%, mantendo a previsão de aumento de 1,8% em 2026 e de 1,7% em 2027.
O banco central espanhol baseia suas novas estimativas na dinâmica da demanda interna, em especial no consumo privado.
