No Manifesto “Da Academia para a Região – Autárquicas 2025”, os estudantes desafiam os candidatos autárquicos a criar um pacto local pela juventude, definindo um plano de ação para cinco áreas prioritárias: acesso à habitação, desenvolvimento econômico, saúde, esporte e bem-estar, segurança e coesão, e mobilidade social.
Para garantir o acesso à habitação, a FAP propõe a criação de um programa municipal com apoio direto à renda de até 200 euros mensais para jovens dos 18 aos 35 anos, além de cotas no arrendamento acessível e programas de habitação intergeracional. A iniciativa inclui ainda o desenvolvimento de habitação modular temporária para picos de demanda, incentivos fiscais para proprietários que disponibilizem imóveis a preços controlados, e a criação de bolsas de terrenos municipais para construção de habitação a custos controlados.
Sobre o desenvolvimento econômico, os partidos são incentivados a considerar a criação de um programa de incentivo ao retorno de jovens qualificados emigrados e de um observatório para monitorar os fluxos de saída de jovens. Sugere-se também a expansão de programas de estágios profissionais metropolitanos e bolsas de emprego para jovens, além do aumento da oferta de creches públicas.
Em relação à saúde, esporte e bem-estar, propõe-se a implementação de um plano municipal para a reabilitação e construção de espaços desportivos informais, a requalificação de percursos desportivos e programas para combater o sedentarismo, promovendo o esporte adaptado e inclusivo.
No que concerne à segurança, a FAP sugere policiamento de proximidade em áreas de vida noturna e mais iluminação pública. Para fomentar a coesão e mobilidade social, são recomendadas a criação de um programa municipal de tutores solidários, programas de mentoria e orientação profissional para jovens que não estudam nem trabalham, além de centros comunitários em bairros periféricos.
O manifesto, lançado no Dia Internacional da Juventude, visa “contribuir para o debate autárquico, construindo uma visão integrada para que cada município se torne parte ativa de uma região mais inclusiva, saudável, dinâmica e capaz de garantir dignidade, segurança e oportunidades a todos”.
“A dois meses das eleições autárquicas, defendemos uma Área Metropolitana do Porto para estudar, viver, trabalhar e ser feliz. A Academia do Porto é uma alavanca para o desenvolvimento econômico, social e cultural da região, e é tempo de traduzir esse potencial em políticas públicas locais consistentes”, afirma o presidente da Federação Académica, Francisco Porto Fernandes, em comunicado.
