
“Tenho a convicção de que as pessoas vão novamente, em janeiro, valorizar o espetro pessoal dos candidatos, a sua experiência e sua independência”, disse o social-democrata à margem do 3º Fórum Profissional Liberal, no Porto.
Marques Mendes frisou que, até hoje, as pessoas sempre valorizaram essas características.
E acrescentou: “Veremos, na altura, se tive razão”.
O ex-presidente do PSD insistiu que nas eleições presidenciais vota-se em pessoas e não em partidos, apesar dos partidos terem um papel importante.
E, nestas eleições, à semelhança das anteriores, há candidatos de várias áreas o que é normal, apontou.
Questionado pelos jornalistas sobre as conversações entre PSD e Chega sobre a lei de estrangeiros, Marques Mendes escusou-se a fazer comentários.
“Sobre isso não tenho nenhum comentário a fazer porque isso é matéria de cariz partidário”, assinalou.
O social-democrata disse que nunca se pronunciou sobre negociações entre partidos, nem vai fazê-lo.
Contudo, o candidato presidencial reafirmou que a nova versão da lei de estrangeiros parece-lhe ser “uma proposta”.
“Daria uma lei ainda melhor do que na versão original, agora se sofrer ajustamentos na altura pronunciar-me-ei”, concluiu.
O primeiro-ministro confirmou hoje, em Coimbra, que o PSD está a dialogar com o Chega sobre as alterações à lei de estrangeiros, mas vincou que a porta da negociação está aberta a todas as forças políticas.
A Assembleia da República vai reapreciar na próxima terça-feira, em plenário, na generalidade, especialidade e votação final global, as novas propostas de alteração à lei de estrangeiros, depois de este diploma ter chumbado no Tribunal Constitucional.
A nova proposta de alteração à lei de estrangeiros, anunciada na quarta-feira pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, entre outras mudanças que visam a sua conformidade com a Constituição da República, mantém o prazo de dois anos de residência válida para pedir o reagrupamento familiar, mas admite várias exceções, incluindo para cônjuges.