Ocorrendo nesta quinta-feira, 11 de dezembro, uma greve geral será realizada em Portugal. A CGTP e a UGT convocaram a paralisação em resposta ao anteprojeto de lei de reforma da legislação laboral apresentado pelo governo.
Essa greve geral poderá impactar diversos setores, incluindo transporte, saúde, educação, e serviços públicos. Carlos Brito, presidente da Direção Regional Norte da Ordem dos Economistas, mencionou que o impacto econômico desta paralisação pode variar entre 600 e 700 milhões de euros.
Brito destacou que os setores mais impactados serão aqueles que dependem da presença física dos trabalhadores, observando que os sindicatos geralmente focam em setores que afetam significativamente a vida diária dos cidadãos, como é o caso do transporte, afetando deslocamentos de milhões de pessoas.
Transportes
- A CP prevê “perturbações na circulação de comboios” na quinta-feira e possíveis impactos na quarta e sexta-feira devido à greve geral.
- O Metropolitano de Lisboa vai contestar a decisão do Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social que rejeitou serviços mínimos na greve de quinta-feira, argumentando que a decisão compromete as necessidades de mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa.
- A Metro do Porto estima uma operação “fortemente condicionada” na quinta-feira, com impacto começando na noite de quarta-feira.
- A TAP afirmou estar preparada para a greve, com planos para operar um terço dos voos, graças a acordos de serviços mínimos com sindicatos.
- A STCP anunciou perturbações no serviço a partir da meia-noite de quinta-feira até as 02h00 de sexta-feira.
- O serviço de comboios, barcos, e da Carris em Lisboa terá serviços mínimos, mas o Metropolitano estará fora de serviço.
Saúde
Os serviços mínimos na saúde durante a greve incluirão situações de urgência, quimioterapia, cuidados paliativos, e pensos. O Tribunal Arbitral do CES informou que situações que possam resultar em dano irreparável também devem ser atendidas.
O INEM confirmou a definição dos serviços mínimos, afirmando que os técnicos de emergência garantirão resposta a emergências.
Serviços públicos
- O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos não aderiu formalmente à greve, mas convocou uma reunião no dia 12, alertando para possíveis fechamentos de serviços das Finanças.
Autarquias
Setores como higiene urbana, escolas, e outros equipamentos municipais serão fortemente impactados, com dirigentes sindicais prevendo alta adesão. Cristina Torres, presidente do STAL, destacou a intenção de trazer o debate público sobre as alterações propostas na legislação laboral.
Educação
O impacto nas escolas é esperado. O secretário-geral da Fenprof alertou para as implicações do pacote laboral nas negociações do estatuto docente, prevendo uma adesão significativa à greve.
Médicos, enfermeiros, banca, professores até a Autoeuropa, de Comércio, Escritórios e Serviços, já se tem conhecimento da adesão à greve geral de 11 de dezembro. Fique informado.
Beatriz Vasconcelos | 08:22 – 26/11/2025
