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Workers of Nobre schedule 25th stoppage for the day of the general strike

A adesão de hoje foi muito aproximada da de sexta-feira, na ordem dos 85%,” disse à agência Lusa a delegada sindical Inês Santos, num balanço do segundo dia de greve dos trabalhadores da Nobre Alimentação, em Rio Maior, no distrito de Santarém, convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos (SINTAB) para denunciar a falta de vontade da empresa para negociar o caderno reivindicativo.

De acordo com a sindicalista, dos cerca de 780 trabalhadores da empresa “no horário entre as 08:00 e as 17:00 apenas cerca de 50 trabalhadores estiveram hoje ao serviço”, segundo o levantamento feito pelo piquete de greve, “que teve que pedir a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), porque tem sido dificultada a entrada dos trabalhadores do piquete para contabilizarem o número de colegas ao serviço”.

Contactada pela Lusa, a empresa não confirma estes números, adiantando que “nos dois primeiros turnos, apresentaram-se ao serviço mais trabalhadores do que no mesmo período da passada sexta-feira feira”, primeiro dia da paralisação.

“Estimamos que as ausências até ao final do dia, abarcando todos os turnos, se situem entre os 25% e os 30%, no máximo, que foi o valor de sexta-feira”, informou a Nobre numa resposta enviada à Lusa, na qual faz ainda “a ressalva” de não poder afirmar “se são valores de adesão à greve ou se estes trabalhadores faltaram por outras razões”.

Esta é a 24.ª greve convocada pelo sindicato desde 2023, face à alegada indisponibilidade da empresa em negociar o caderno reivindicativo entregue pelos trabalhadores que exigem um aumento salarial de 150 euros, a valorização do subsídio de refeição (dos atuais 5,50 euros para oito euros) e do trabalho noturno, a alteração do valor das diuturnidades, o direito a 25 dias de férias e o fim do recurso à contratação precária, entre outras reivindicações.

Na resposta à Lusa, a empresa diz-se “empenhada no processo de conciliação”, no âmbito do qual já se realizaram duas reuniões de conciliação (em 01 de setembro e em 23 de outubro) na Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), estando marcada uma terceira para o dia 17 de dezembro.

Reuniões que, segundo a Nobre, têm “o objetivo de alcançar soluções equilibradas e sustentáveis”, defendendo a empresa que “a convocação de ações de greve enquanto decorrem os esforços de conciliação e já com novas reuniões marcadas não reflete a mesma postura construtiva”.

Os trabalhadores da Nobre agendaram uma nova greve para o dia 11 de dezembro, data da greve geral nacional contra o pacote laboral, anunciada pela CGTP e a que adere também a UGT, unindo as duas centrais num protesto que não acontecia há 12 anos.

“Se não houver avanços, na reunião de conciliação, em janeiro será feito um novo plenário e agendadas novas greves”, concluiu Inês Santos.

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